Os dois vencedores do Bells Beach Pro pela primeira vez não foram derrotados no Dia das Finais, quando o Bowl apresentou boas ondas na faixa de um a quatro pés. Foi um dia histórico de competição, com várias estreias ocorrendo no 61º Dia de Finais em Bells e no 50º com a Rip Curl como patrocinadora do título.

Os moradores de San Clemente e amigos de infância Cole Houshmand e Griffin Colapinto chegaram à final do Rip Curl Pro Bells Beach com garantia de fazer história. Com a vitória de qualquer um deles, eles seriam o primeiro surfista californiano a tocar o sino desde Richie Collins em 1992, e com suas performances durante o evento, qualquer um dos surfistas poderia sair campeão. Houshmand começou forte, marcando 7,00 (de 10 possíveis) pontos em sua abertura e depois sustentando com 6,50 para um total de 13,50 (de 20 possíveis) de duas ondas. Colapinto, que foi o surfista a ser batido do evento, lutou para seguir em frente até os últimos minutos do confronto e, embora tenha começado a se fortalecer, não foi o suficiente para superar Houshmand. Houshmand conquistou a vitória, tornando-se apenas o sétimo Goofy a vencer o evento em 61 anos, juntando-se a nomes como Occhilupo, Carrol, Hardman, Lynch, Wilkinson e Italo Ferreira.

Houshmand chegou ao Rip Curl Pro Bells Beach estando abaixo da linha de corte do meio da temporada com um nono lugar como seu melhor resultado em sua temporada como Rookie. Sua primeira vitória no CT o fez subir 18 posições, estando agora em oitavo lugar no ranking, dentro do objetivo do Final 5 da WSL e rumo à segunda metade da temporada.

Chegando à final em primeiro e segundo lugar no ranking, quem conquistasse a vitória entre Caitlin Simmers e Johanne Defay deixaria Bells Beach vestindo a lycra amarela do líder como número 1 do mundo. A veterana do CT, Defay, chegou à final com mais impulso, e isso ficou evidente quando ela assumiu o controle cedo. Com duas pontuações intermediárias, Defay manteve a liderança durante quase toda a final. Faltando apenas três minutos para o fim, Simmers pegou uma onda definida com prioridade, marcando 6,10 para voltar à disputa. Com menos de um minuto restante, Simmers forçou Defay a um encerramento, deixando Simmers no outside com altas ondas rolando. Aproveitando sua última chance faltando segundos para o final, Simmers reuniu uma série de manobras críticas para marcar 6,67, recebendo no último minuto a notícia de que ela havia ganhado seu primeiro evento em Bells Beach na areia após o buzzer beater.

Simmers fez história, tornando-se a mulher mais jovem a vencer em Bells. Simmers venceu sua primeira final em Bells Beach e sua segunda final do ano depois de vencer o evento em Pipeline. Simmers segue no WT como número 1 do mundo e usa a lycra amarela de líder rumo ao Margaret River Pro.

Recém-saída de uma vitória no Meo Rip Curl Pro Portugal, Johanne Defay (FRA) chegou ao CT como número 4 do mundo, cheia de confiança e com o objetivo de conquistar a lycra amarela pela primeira vez na sua carreira. Defay parecia ser a mulher a ser vencida, pontuando alto em cada rodada para se tornar a primeira competidora europeia a disputar a final em Bells. Com suas participações consecutivas nas finais, Defay irá agora para o Western Australia Margaret River Pro, ocupando solidamente o segundo lugar no ranking.

“É incrível chegar à final e me senti bem lá. Pena que cometi esse erro no final”, disse Defay. “Acho que surfar é isso: você está no oceano e não há certeza. É o que é, e tenho que engolir, mas também estou feliz por ficar em segundo lugar. Saber que fiz história como o primeiro francês a chegar à final em Bells é especial.”

Semelhante a Defay, Griffin Colapinto chegou a Bells após uma vitória em Portugal e carregou bastante desse impulso para o evento, com a maior pontuação total de baterias das semifinais, quartas de final e do evento. Embora desapontado, ele não conseguiu sua primeira vitória no Bells. Griffin ficou feliz em compartilhar a final com um bom amigo depois de ver seu irmão e CT Rookie Crosby fazer o corte e seu grande amigo Kade Matson obter o melhor resultado de sua temporada de estreia, encerrando uma ótima semana de resultados para San Clemente e californianos do CT. Colapinto manterá a posição número 1 do mundo e a lycra amarela do líder ao se dirigir para a parada número 5 do WT em Margaret River.

“Isso foi agridoce, com certeza”, disse Colapinto. “Você sempre quer vencer, principalmente quando está na final. Mas não quero estragar este momento – estou muito feliz por Cole. Surfamos juntos desde os dez anos, então é uma loucura estar aqui em Bells depois de disputar a final. Eu sinto que toda a equipe de San Clemente está ganhando impulso e se posicionando na turnê, o que é muito bom. Vamos ficar todos juntos em West Aus, então será legal ter os dois finalistas de Bells lá, um ao lado do outro.”

Rio Waida obteve seu melhor resultado no CT da carreira, terminando em terceiro lugar em Bells Beach. Bem na linha de corte para este evento, uma finalização na semifinal em Bells salta Waida até dez posições no ranking, para o número 11 do mundo. Matthew McGillivray igualou seu melhor resultado de CT da carreira com uma finalização na semifinal em Bells. Ambos os surfistas agora vão para Margaret River com muito menos pressão sobre eles e com seu lugar no tour antes do corte de meio da temporada.

Brisa Hennessy e Caroline Marks conquistaram o mesmo terceiro lugar este ano em Bells. Esta é a terceira semifinal de Hennessy e a segunda de Mark neste ano.

Rip Curl Pro Bells Beach resultados do Final Feminina:

1 – Caitlin Simmers (EUA) 12,77

2 – Johanne Defay (FRA) 11,60

Rip Curl Pro Bells Beach resultados do Final Masculina:

1 – Cole Houshmand (EUA) 13,50

2- Griffin Colapinto (EUA) 12,80