O tricampeão mundial precisará conquistar a etapa de Fiji se quiser disputar o quarto título da WSL em 2024.

Quando os melhores surfistas do mundo chegarem a Cloudbreak na próxima semana para o Corona Fiji Pro, o penúltimo evento do circuito mundial da WSL de 2024, o medalhista olímpico Gabriel Medina deverá fazer valer cada bateria se quiser chegar ao “Final 5” e disputar o título mundial no Lexus WSL Finals, que será realizado em Trestles, no sul da Califórnia, de 6 a 14 de setembro de 2024.

Para isso, o homem que venceu em Fiji em 2014 e 2016 precisará se concentrar na vitória após as comemorações de encerramento dos Jogos Olímpicos em Paris.

E quem poderia culpá-lo? Com uma medalha de bronze no pescoço, a imagem de “Jesus flutuante” como a foto icônica de toda a festa das cinco argolas e apenas o oceano lhe roubando uma vaga na final olímpica (ele pegou apenas uma onda e ficou com prioridade por mais de 15 minutos em sua semifinal com o medalhista de prata Jack Robinson), a campanha olímpica de quatro anos de Medina tinha que ser comemorada em grande estilo.

O que é certo é que o grande companheiro e rival do surfe, John John Florence (HAW), tem o primeiro lugar garantido e estará pronto e esperando para vencer todos os que estão abaixo dele no ranking em Fiji. Com a saída antecipada das Olimpíadas, JJF não facilitará as coisas para ninguém e, se Cloudbreak estiver funcionando, poderemos ver uma grande batalha no Pacífico Sul na corrida para Trestles.

As estatísticas são simples: Medina precisa de uma vitória em Fiji para garantir uma vaga, já que um segundo ou terceiro lugar ainda exige que Ethan Ewing (AUS), Jordy Smith (ZAF), Italo Ferreira (BRA) e Jack Robinson (AUS) – todos à sua frente, onde ele está em 8º lugar – saiam mais cedo e criem um espaço matemático para ele no ranking.

Em jogo: um quarto título mundial e um lugar ao lado das lendas do surf como os 4X campeões mundiais Mark Richards, Lisa Anderson, Frieda Zamba e Wendy Botha; e um lugar acima de seus heróis Mick Fanning, Tom Curren, Andy Irons e Margo Oberg, que terminaram suas carreiras com 3X grandes títulos.

Temos observado Medina aqui no QG da Rip Curl desde que ele tinha 12 anos de idade e, pelo que vimos este ano, as Olimpíadas faziam parte de uma dupla jornada com o objetivo final de conquistar uma medalha olímpica e o título mundial no mesmo ano. Será que ele conseguirá?